Etimologicamente, trata-se de um conceito proveniente do grego ákousma, – atos, com o sentido de “rumor”, “o que se ouve”. A acusma é considerada, pela medicina, como uma alucinação auditiva não verbal, um transtorno percetivo, e, pela psicologia, como uma sensação auditiva percebida na ausência de estímulo (CORSINI, 1984) e com défice sensorial (WARREN, 2018). Trata-se de um fenómeno e perceção auditivo anómalo e autogerado, com origem em fatores fisiológicos ou alucinação auditiva, a partir do qual se ouvem ruídos e zumbidos, de origens várias, nomeadamente instrumentos musicais. A acusma é reconhecida como uma alucinação auditiva simples ou elementar e surge frequentemente na esquizofrenia, na aura epilética ou em psicoses orgânicas.
Bibliog.: CORSINI, Ray, The Dictionary of Psychology, Philadelphia, Brunner/Mazel – Taylor & Francis Group, 1984; WARREN, Howard, Dictionary of Psychology, London, Routledge, 2018.
Clara Margaça