Termo derivado de dois termos gregos: ἐπί (“sobre”) e φαινόμενον (“aparição”). Refere-se a um fenómeno secundário, a um aspeto não essencial do fenómeno ou a um subproduto de um processo.
Na medicina, designa um efeito ou sintoma acidental que surge durante a evolução de uma doença ou respetiva cura.
Em filosofia e nas neurociências, o epifenomismo refere-se ao grupo de correntes para as quais a consciência consiste num epifenómeno (compreendido como acaso ou exceção) dos processos fisiológicos nervosos.
Em ambiente religioso, pode designar fenómenos místicos extraordinários de ordem cognitiva e sensitiva, tais como visões, aparições ou êxtases místicos, cuja origem pode ser atribuída à graça divina.
Bibliog.: AA.VV., The Oxford Companion to Philosophy, ed. HONDERICH, Ted, Oxford/New York, Oxford University Press 1995; ROBINSON, William S., Epiphenomenal Mind: An Integrated Outlook on Sensations, Beliefs, and Pleasure, London, Routledge 2019.
Andreas Lind