Incubação refere-se ao processo de induzir um sonho sobre conteúdos específicos, geralmente com a intenção de resolver um problema, obter instrução, inspiração ou cura. Tais processos eram comuns no mundo antigo, em que decorriam num lugar sagrado, mediante rituais bem codificados e na antecipação de beneficiar da ajuda de uma deidade (por exemplo, Esculápio).
A prática e os rituais têm vindo a ser recuperados e atualizados em psicoterapia, especial, mas não exclusivamente de orientação jungiana. Nas suas versões mais tecnológicas, a incubação, nas décadas iniciais do séc. xxi, incorpora dispositivos específicos e formas de monitorização e controlo ambiental para otimizar a capacidade de manter tanto o foco no tema como o estágio de sono adequados.
Bibliog.: impressa: PATTON, Kimberly C., “Dream Incubation: Theology and Topography”, DreamTime, 19, 4, 2002; MEIR, C. A., Healing Dream and Ritual, Ancient Incubation and Modern Psychotherapy, Einsiedeln, Daimon Verlag, 2009; REED, Henry, “Dream Incubation: A Reconstruction of a Ritual in Contemporary form”, Journal of Humanistic Psychology, 16, 4, 1976, pp. 52-70; digital: HOROWITZ, A. et al., “Dormio: A Targeted Dream Incubation Device”, Consciousness and Cognition, vol. 83, 2020: https://doi.org/10.1016/j.concog.2020.102938 (acedido a 03.01.2022).
Sandra Gonçalves
