A poligamia pressupõe a união reprodutiva entre mais de dois indivíduos de uma espécie. Entre os humanos, assume a forma de casamento ou de união conjugal entre mais de duas pessoas. Quando se trata de casos em que um homem é casado com várias mulheres configura-se como poliginia, enquanto os casos em que uma mulher vive casada com vários homens se designam de poliandria. Este padrão de comportamento, que encontra na história e na evolução cultural dos grupos humanos as bases do seu enraizamento, pode decorrer de motivos religiosos. Aceite em algumas tradições religiosas como conduta legítima, e negada em outras, evidencia a forma como os padrões religiosos normalizam as relações de género e as relações de poder subjacentes a estas.
Bibliog.: BADINTER, Elisabeth, Um é o Outro, Lisboa, Relógio D’ Água, s.d.; LOFORTE, Ana Maria, Género e Poder entre os Tsonga de Moçambique, Lisboa, Ela por Ela, 2003.
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