O vocábulo “idade(s)” procede do latim aetas, aetatis e tem a conotação de qualidade de tempo. A idade é, por definição, a passagem do tempo. Se a infância e a juventude significam o futuro de uma sociedade e a maturidade o presente, a velhice significa a experiência do passado. O tempo é uma conceção humana da realidade e reveste-se de um carácter diacrónico. A passagem do tempo não significa necessariamente progresso, nem é justo afirmar o “presentismo” como “nada é melhor do que agora e do que nós”. O “curso”, o “acontecer” e a “biografia” são próprios da sociedade humana, e dão-se no tempo, com a passagem das diferentes idades. A sucessão histórica dá-se por geração, e o tempo não termina com os sujeitos individuais que o conformam, mas antes se mantém na sociedade como um todo: “O passado e o futuro, a presença e a esperança são realidades essencialmente interpessoais e sociais” (GEVAERT, 2008, 233). A consideração da sociedade como um sujeito diacrónico incorpora no presente aqueles que foram e aqueles que hão de ser.
Bibliog.: GEVAERT, Joseph, El Problema del Hombre, Salamanca, Sígueme, 2008.
Francisco Javier Aznar Sala